Criciúma teve apenas dois homicídios em 2022


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Jun 07 2022 4 mins  

O Governo do Estado informou nesta terça-feira (7) que maio apresentou redução nos principais índices de criminalidade violenta em Santa Catarina. O estado teve o menor número de assassinatos para o mês desde o ano de 2008, com 47 homicídios, redução de 50% em relação a 2017, quando houve o pico de mortes violentas. Esse dado se reflete também no cenário anual da segurança pública em Criciúma, com apenas duas mortes violentas nos primeiros meses de 2022.

Há sete anos, Criciúma teve um assustador número de 59 mortes violentas, a ampla maioria sendo homicídios. Ano após ano esse dado foi caindo e chegou a apenas nove em 2020 e 2021. Passados cinco meses de 2022, nada indica que esse número vá subir. De acordo com o delegado André Milanese, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), Criciúma registrou apenas dois homicídios no ano atual, e os dois casos foram tratados como atípicos para os órgãos de segurança.

O delegado explica ainda que o número apresentado em Criciúma é muito baixo para uma cidade deste porte. O dado está na metade do que é preconizado como aceitável pela Organização das Nações Unidas (ONU). Milanese acredita que isso tudo é fruto do trabalho de investigação das forças de segurança e de uma atuação mais rigorosa do poder judiciário.

“É um número bastante baixo para a população de Criciúma, de mais de 220 mil habitantes. Foram nove em um ano, praticamente metade do que é preconizado como aceitável. Para uma população de 100 mil habitantes, seria aceitável dez homicídios. Criciúma tem apenas nove. É um dado positivo que reflete o bom trabalho de investigação da Polícia Civil junto com apoio das demais forças policiais, além do Ministério Público e Poder Judiciário”, analisa Milanese.

A Polícia Militar também enxerga atuação relevante nessa redução. O comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Sandi Sartor, acredita que as ações de prevenção realizadas pela PM e as operações para reduzir a circulação de armas de fogo exercem impacto nessas estatísticas. “Essa redução se deve muito a prevenção realizada pela Polícia Militar, que vem buscando estar próxima dos bairros para evitar que esse tipo de crime acabe ocorrendo”, afirma.

Esses números e a atuação dos órgãos de segurança trazem um reflexo claro para a sociedade: a diminuição do sentimento de impunidade, como destaca o delegado André Milanese. “Nos últimos anos, praticamente 100% das pessoas que foram presas ou indiciadas em inquéritos policiais foram julgados e condenadas, estão cumprindo pena. Isso passa uma imagem positiva de que a justiça está sendo feita e quem vier a cometer crimes graves, especialmente o homicídio, essa pessoa será julgada e presa”, finaliza Milanese.

Ouça abaixo o boletim completo: