Para o episódio #79 do Coemergência, o querido Alex Terzi falou sobre como as práticas meditativas podem favorecer uma educação libertadora. Já desde o início pode ser útil demarcar no que isto não consiste: uma apologia neoliberal de docilização socioemocional entendida em termos individualistas; nem um conjunto de práticas místicas ou alheias à educação de algum forma. Há uma enorme importância de educarmos nossas crianças e adolescentes na familiaridade com o que poderíamos chamar de seu mundo interno e propiciarmos o cultivo do que o nosso convidado chama de estados mentais positivos. Talvez tanto quanto a higiene ou a alfabetização em outros momentos, algo que envolve uma dimensão fundamental de nossa existência talvez ainda aguarde para chegar a um número muito maior de pessoas como algo inteiramente natural e não polêmico, religioso ou místico. O Alex Terzi é professor do Instituto Federal de do Sudeste de Minas Gerais, instrutor de Mindfulness e de Kindfulness, e tem uma longa carreira de ensino e pesquisa na interface entre Linguística, Educação e práticas meditativas. Na entrevista, falamos das potencialidades e dos desafios ligados à inserção da meditação no campo educacional, inclusive para professores; a inovação com um potencial imenso proposta por pesquisadores como o Terzi em seus protocolos, de inserir neles o diálogo entre os participantes; sua visão de que as práticas meditativas podem contribuir para, e dialogar com, a proposta educativa de Paulo Freire; dentre muitas outras coisas. Que esta conversa contribua muito para a sua reflexão e para sua ação!