A 'vingança final' de Trump executada pelo 'expurgo' de Musk, segundo a imprensa francesa


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Feb 15 2025 2 mins   4

As revistas semanais francesas dão destaque essa semana para o "faroeste sem lei" promovido por Elon Musk a convite do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na administração federal norte-americana. Uma verdadeira "vingança pessoal", segundo a mídia na França.

"Washington está em estado de choque", publica a revista semanal francesa Le Nouvel Obs. "Em menos de três semanas, Donald Trump derrubou a burocracia federal. No centro da manobra está Elon Musk, que aplica seu método testado e comprovado ao governo, tanto em suas fábricas da Tesla quanto quando comprou o Twitter", detalha.

“Uma vingança sem precedentes”, detalha a revista, lembrando que se trata de um "expurgo gigantesco". “Uma revolução no estilo russo. Trump lançou um expurgo espetacular do 'Estado profundo', como ele chama a burocracia federal. Os mais de dois milhões de funcionários federais receberam um e-mail convidando-os a deixar seus empregos em troca de oito meses de salário. Ninguém foi poupado. Nem mesmo a CIA", destaca Nouvel Obs.

"A vingança do presidente não tem limites, nem mesmo os da segurança nacional. Mais de uma dúzia de juízes que trabalharam nos processos contra Trump foram demitidos", sublinha a reportagem.

"Trump fez de seu amigo o braço armado de sua revolução. O homem mais rico do mundo assumiu o controle da máquina do governo, colocou executivos de suas empresas em departamentos importantes (...) e obteve acesso a sistemas confidenciais e documentos sigilosos", publica Nouvel Obs.

"Exterminador"

Com o título "Elon Musk, o grande exterminador", a revista Le Point detalha em longo artigo que o país vive em ritmo de breaking news, repercutindo a fala de uma cidadão dos Estados Unidos durante um dos muitos protestos contra a "enxurrada Musk": "Elon Musk não foi eleito, mas o chamamos de presidente Musk porque ele está tomando o controle do país", publica.

Citado por Le Point, o cientista político Lucan Way afirma que se trata de "um golpe de Estado, uma tomada ilegal do poder que viola a Constituição dos Estados Unidos". A revista lembra que existe uma "avalanche de processos" contra Trump, mas que isso "não impede o caos". Para a revista, é apenas o começo da queda de braço constitucional nos Estados Unidos.