O cineasta Flavio Botelho perdeu a irmã mais velha aos 36 anos por suicídio. Além de viver a própria dor, ele acompanhou e apoiou os pais dilacerados em um dos processos de luto mais difíceis e estigmatizados. Nesta conversa com Gisela Adissi, ele conta como o impacto da morte de alguém tão querido e próximo o fez mergulhar na criação de seu primeiro longa. O filme A Metade de Nós, que estreou em outubro, projeta numa trama ficcional o luto dos pais através de um casal que perde o filho único por suicídio. E percorre as muitas camadas que não só viveu na pele como testemunhou e aprendeu com outros sobreviventes de um suicídio na família.