Feb 18 2025 4 mins 1
Olá, hoje é 18 de fevereiro de 2025, eu sou Nivia Bassi, Assessora de Agronegócios do Banco do Brasil em Novo Horizonte, SP, e hoje vamos falar sobre o cenário da cana-de-açúcar. A safra 2024/2025 se encerra no fim de março e a produção de cana está praticamente definida em cerca de 615 milhões de toneladas no centro-sul, queda de aproximadamente 5% em relação à safra passada. Impactada pelas queimadas, o grupo São Martinho encerrou a moagem da safra de cana 2024/25 com 21,79 milhões de toneladas, queda de 5,5% ante o recorde contabilizado na temporada anterior. Em seu balanço trimestral o grupo reportou que a menor disponibilidade de matéria prima causou queda de 9,5% na produção de açúcar enquanto a produção de etanol aumentou 8,9%, favorecida principalmente pelo maior processamento de milho e maior destinação de cana de menor qualidade para o combustível. O grupo também contabilizou que os efeitos da queimada causaram redução de cerca de R$ 350 milhões no lucro, sendo R$ 100 milhões em aumento no custo de produção e R$ 250 milhões em redução na receita. Este cenário apresentado pela São Martinho, em certa medida, foi semelhante ao vivido pela maioria dos produtores e unidades industriais do Centro-Sul, ou seja, impactos tanto no custo de produção como na receita. A seca prolongada e os incêndios causaram alta significativa nos preços internacionais do açúcar entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado, o que foi rapidamente arrefecido pela melhor expectativa de produção brasileira em 2025 e pela recuperação da safra asiática. No preço pago ao produtor, o valor mensal do kg do ATR calculado pelo Consecana saltou de R$ 1,15 em setembro passado para R$ 1,29 em janeiro, porém esse aumento refletiu pouco no preço acumulado que hoje está em R$ 1,19/kg visto que neste período já havia pouca cana a ser colhida. Para a safra 2025/2026 o clima até o momento está amplamente favorável com chuvas volumosas e bem distribuídas principalmente no período da noite e sol durante o dia, o que favorece o crescimento da cana. Mesmo num cenário mais otimista, o produtor precisa considerar que os efeitos climáticos têm se tornado cada vez mais frequentes e graves. Para isso o Banco do Brasil conta com o custeio associado ao seguro agrícola Flex, que cobre eventos como seca, geada, chuva excessiva, tromba d´água e incêndios com condições acessíveis e custos viáveis e que podem ser financiados junto com a operação de crédito. Já está disponível a contratação do pré-custeio e do Seguro Agrícola Flex para a safra 2025/2026 para as lavouras de algodão, arroz, milho, soja, café, laranja e claro, cana-de-açúcar. O produtor ainda pode contar com redutor nas taxas se tiver adotado boas práticas ambientais. Para mais informações procure o seu gerente de relacionamento. Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Até a próxima!