Atividade econômica tem forte queda no último mês de 2024


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Feb 16 2025 2 mins   1
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, apontou uma queda de 0,7% no mês de dezembro, mas com um crescimento de 3,8% da economia em 2024. O resultado do acumulado do ano representa a maior alta desde 2021, quando a economia brasileira avançou 4,2% impulsionada pela recuperação do pós-pandemia. O IBC-Br é divulgado mensalmente pelo Banco Central, e é utilizado como uma ferramenta complementar na formulação de políticas monetárias, especialmente no monitoramento da taxa Selic.

No mês de dezembro, a atividade econômica registrou uma queda de 0,7% em relação a novembro, mas avançou 2,4% na comparação com dezembro de 2023. No quarto trimestre de 2024, o índice indicou estabilidade (0,0%) em relação ao trimestre anterior, enquanto apresentou um crescimento de 4,4% em relação ao mesmo período de 2023. Esses números mostram que, apesar do desempenho positivo ao longo de 2024, o último trimestre e, mas especificamente o último mês do ano, foram de desaceleração econômica.

Apesar do IBC-Br não ser a métrica oficial do PIB, calculado pelo IBGE, ele traz uma dinâmica mensal do desempenho da economia brasileira. No terceiro trimestre de 2024, a economia brasileira cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior, segundo o IBGE, acumulando uma alta de 3,1% nos últimos quatro trimestres. As estimativas do mercado apontam um crescimento de 3,5% para o PIB de 2024.

Os dados do IBC-Br e os resultados recentes apontados pelo IBGE para os desempenhos dos setores de serviços, inclusive varejo, e indústria, indicam que o mês de dezembro apresentou forte recuo na atividade econômica brasileira. Os juros mais altos, o recrudescimento da inflação e o aumento da percepção de risco dos investidores podem ter influenciado esse resultado negativo, que pode trazer um carrego para o ano de 2025. O mercado já espera por um crescimento mais baixo em 2025, inclusive, próximo dos 2%.