O tempo mudou. O clima não é mais o mesmo. E o que a gente imaginava que aconteceria daqui a uns 30, 40 anos, está acontecendo agora, de forma veloz e arrasadora. As chuvas que fizeram com que o estado do Rio Grande do Sul fosse inundado são o mais recente exemplo. Mas o Brasil e outros países já vêm sofrendo com tragédias por eventos climáticos de forma extrema há alguns anos.
No entanto, os avisos do clima não foram suficientes para que o poder público e a sociedade se atentassem para a magnitude do problema. Planos de adaptação das cidades para a resiliência climática não saíram do papel e a legislação ambiental, a cada momento, sofre alguma flexibilização ou ameaça. O resultado é que ainda somos o sexto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, estamos ajudando a aquecer os oceanos e, consequentemente, contribuímos para o estado de calamidade hoje enfrentado pelo sul do Brasil.
Neste episódio, a gente bate um papo com o engenheiro florestal e coordenador geral do MapBiomas, Tasso Azevedo, que fala sobre o novo normal dos eventos extremos e traz uma visão sobre como o poder público deve atuar na prevenção e como podemos ajudar a evitar mais catástrofes.